Nome científico
Morus sp
Família
Moráceas
Nome comum
Amora,
amoreira. Não confundir com
a
amora-preta, que é uma planta frutífera da
família das Rosáceas.
Origem
Ásia
Descrição e característica da planta
A planta que será abordada aqui é a usada principalmente na
alimentação do bicho-da-seda. Trata-se de uma planta perene
de rápido crescimento que pode atingir até 12 metros de altura,
se mantida naturalmente sem nenhuma poda. As folhas são cordiformes,
inteiras ou lobuladas, bordas serrilhadas, sem espinhos e de cor esverdeada.
As flores são pequenas e de cor branco-amarelada.
Os frutos são alongados de coloração esbranquiçada
a esverdeada no início da sua formação e depois fica
rosada e finalmente quase preta, quando maduros. O que chamamos de fruto,
é um agrupamento de vários e minúsculos frutos que se
unem formando uma massa. Normalmente, os frutos não têm sementes
e quando bem maduros são doces, bem suculentos e de cor roxa.
As condições favoráveis ao desenvolvimento vegetativo
são: clima ameno a quente, boa disponibilidade de água e se
adapta bem em qualquer tipo de solo, mas são recomendados solos profundos,
férteis e ricos em matéria orgânica para melhor desenvolvimento
das plantas.
No período mais frio do ano, as folhas mais velhas ficam amareladas
e caem. A propagação é feita através de estacas,
obtidas de ramos das plantas, no período mais quente e chuvoso do ano.
Produção e produtividade
Para a alimentação do bicho-da-seda, as folhas são retiradas
dos ramos ou os ramos são cortados quando as plantas estão bem
enfolhadas. Nessa atividade, os frutos não têm importância
econômica. A frutificação ocorre no início da primavera,
época da emissão de folhas novas.
Utilidade
As folhas são imprescindíveis na alimentação
de lagartas do bicho-da-seda. A amoreira branca é a preferida na criação
do bicho-da-seda, enquanto que a preta, para consumo humano, pelo sabor mais
pronunciado e mais volumoso.
Os frutos maduros podem ser consumidos ao natural ou usados no preparo de
sucos, sorvetes, geléias, compotas, doces, vinhos, licores, xaropes
e vinagres. Os frutos maduros são ricos em água, açúcar
e vitamina C.
Propriedades medicinais da amora
São duas espécies principais:
Preta ( Morus nigra )
Branca ( Morus alba )
Ambas são medicinais e alimentícias.
A
amoreira-branca é cultivada quase que exclusivamente
para a criação do Bombyx mori ou bicho-da-seda, muito comum
no Oriente. Este inseto alimenta-se das folhas da amoreira-branca.
A
amora pertence à família das moráceas,
em que se incluem também a jaca, o figo, a fruta-pão, a umbaúba
etc.
Possui elevada concentração de cálcio, ajuda no combate
da osteoporose
Tônico muscular para quem pratica esportes, possui alto teor de
potássio
Utilidades Medicinais
Afta
Bochechar com suco de
amora-preta, quente, adoçado
com mel.
Amigdalite
Suco de
amora-preta, quente, adoçado com mel; tomar
aos goles. Pode - se também preparar um xarope deste suco, bastando
cozê-lo até engrossar um pouco. Fazer gargarejos com o xarope,
ou toma-lo às colheradas, deixando descer suavemente pela garganta.
Bronquite
Infuso da casca da raiz, morno, para combater a tosse. Tomar morno, às
colheradas. Em excesso é purgativo. Para preparar um infuso, deitar
água fervente sobre as cascas das raízes bem picadas, tapar
o recipiente, e deixar esfriar.
Queda de Cabelo
Massagear o couro cabeludo com o infuso das folhas da amoreira.
Catarro
Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas
recomenda-se o gargarejo com o chá morno das folhas da amoreira.
Doenças das Cordas Vocais
Suco de
amora-preta, quente, adoçado com mel.Tomar
vagarosamente.
Diarréia
Usar xarope de
amora, conforme explicado em amidalite. Tomar
não mais de 2 colheres de sopa por vez, com intervalos mínimos
de 2 horas.
Amora-preta
Nome científico
Rubus fruticosus (sinônimo: Rubus brasiliensis)
Família
Rosáceas
Nome comum
Amora-preta, framboesa-negra, blackberry (inglês)
Origem
Europa, América do Norte e América do Sul
Introdução
A cultura da b(Rubus spp.) é uma promissora alternativa de renda
principalmente para as pequenas propriedades familiares, em razão dos
custos de implantação e de manutenção do pomar
serem relativamente baixos quando comparados aos de outras fruteiras; por
tratar-se de uma cultura rústica, com menor incidência de pragas
e maior adaptação aos diferentes tipos de solo e condições
climáticas; e pela produção poder ser destinada ao mercado
de frutas frescas e/ou ao processamento industrial.
O sabor diferenciado e as propriedades nutracêuticas são os
principais atrativos da
amora-preta, havendo mercado no Brasil
e no exterior, tanto para consumo in natura como da fruta industrializada,
nas formas de geléias, sucos, doces em pasta, sorvetes, iogurtes e
tortas.
Atualmente, estima-se que a área cultivada com
amora-preta
no Brasil esteja ao redor de 250 hectares (Raseira, 2004). Segundo
informações de viveiristas, esta área deve aumentar consideravelmente
neste ano, em função das perspectivas de mercado existentes.
A
amora-preta pertence à família Rosacea e,
gênero Rubus, sendo conhecidas mais de trezentas espécies (Santos
et al., 1997). As espécies de bapresentam grande variabilidade quanto
às características morfológicas e organolépticas
dos frutos, hábito de crescimento das plantas, adaptação
aos agroecossistemas e exigências climáticas. Estas
Produção de mudas de
amora-preta por meio
de cultura de tecidos características devem ser cuidadosamente analisadas
quando da escolha da cultivar a ser utilizada na implantação
do pomar.
A temperatura é um dos principais fatores limitantes à produção
de
amora-preta. A cultura requer uma combinação
de horas de frio (abaixo de 7,2oC), nas estações mais frias,
variando de 100 a até 1.000 horas, em função da espécie/cultivar,
e calor abundante, nas estações mais quentes, para que ocorram
adequadas brotação, floração e produtividade.
Por essas razões, a cultura da
amora-preta é
recomendada, principalmente, para o Estado do Rio Grande do Sul e para as
regiões de microclima de Santa Catarina, Paraná, São
Paulo e Minas Gerais.
A implantação do pomar com mudas de qualidade é uma
etapa essencial para o sucesso da produção de
amora-preta.
A muda com fidelidade genética, padrão fitotécnico adequado
e isenta de patógenos potencializa o nível de resposta a toda
tecnologia empregada no processo produtivo. Embora esse tipo de muda geralmente
apresente um custo maior, trata-se de um investimento com retorno garantido
em termos de produtividade e de qualidade da fruta. Mais do que isso, trata-se
de um componente decisivo para o sucesso do agricultor, por proporcionar redução
de custos, principalmente com defensivos químicos, e maior competitividade
no mercado, o qual tem apresentado aumento constante do nível de exigência
dos consumidores.
Descrição e característica da planta
A
amora-preta é um arbusto, porte ereto, semi-ereto
ou rasteiro, pode chegar a 2 metros de altura, caule flexível e a maioria
das variedades é coberta por espinhos. As flores são brancas
ou rosadas. Os frutos são levemente alongados, quase arredondados,
comestíveis, inicialmente vermelhos e depois pretos, quando bem maduros.
Aquilo que chamamos de fruto é um agregado de dezenas de frutos verdadeiros,
denominados mini-drupa ou drupete, porque no interior de cada bolinha contém
uma semente pequena. Uma característica interessante dessa planta é
a necessidade de substituição total da parte aérea após
as colheitas.
As raízes são permanentes e delas formam as brotações
que se desenvolvem, florescem e frutificam nos ramos do ano. Durante o desenvolvimento
vegetativo, há necessidade de podas de limpeza, que consiste na eliminação
de brotos laterais indesejáveis, ramos doentes ou fracos, pois isso
favorece a frutificação e o bom desenvolvimento dos frutos.
A cultura da amoreira-preta é ideal para pequenas propriedades em
regiões de clima frio a ameno, principalmente pelo baixo custo de sua
implantação e manutenção, manejo simples, rusticidade
e pouco ou nenhum uso de defensivos agrícolas para o controle de pragas
e doenças. Os frutos maduros merecem cuidados especiais porque são
sensíveis ao manuseio e à luz solar direta para não afetar
a sua cor preta. A longevidade da cultura pode chegar a 15 anos. Existem muitas
variedades e seleções locais de
amora-preta com
grande variabilidade genética para várias características,
como porte de plantas, presença ou ausência de espinhos, maior
ou menor exigência de frio para frutificação, tamanho,
firmeza e acidez dos frutos, produtividade, vigor das plantas, entre outras.
Variedades
a) sem espinho
Ébano (porte rasteiro)
b) com espinho
Brazos (porte semi-ereto), Comanche, Cherokee, Tupy, Guarani, Negrita e Caigangue
(porte ereto). (Fonte: Boletim 200 do Instituto Agronômico de Campinas.
Instruções Agrícolas para as principais culturas econômicas.
6ª edição. IAC, Campinas, SP. 1998. 393 p.). A propagação
é feita principalmente pela retirada de brotações das
raízes, ou através do enraizamento de caules herbáceos
ou por mudas obtidas através de cultura de meristema em laboratório.
Produção e produtividade
Os produtores tradicionais nas Américas são os Estados Unidos
e o Chile. No Brasil, o estado do Rio Grande do Sul é o pioneiro na
produção dessa fruta e o maior produtor, com cerca de 700 toneladas
por ano. Os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas
Gerais vem aumentando tanto na área plantada quanto na produção.
Os resultados experimentais de produção de frutos, em condições
favoráveis no Rio Grande do Sul, foram os seguintes: 1º ano –
2,5 toneladas de frutos por hectare; 2º ano – 5 t. por hectare;
3º ano – 12 a 15 t. por hectare.
Bibliografia:
As Frutas na Medicina Natural
Alfons Balbach
Daniel S. F. Boarim
Edição Vida Plena
Fonte: www.frutas.radar-rs.com.br
Amora
A
amoreira branca (Morus alba L.), originária da
China, é uma árvore de folhas finas, lisas ou ligeiramente rugosas.
As flores são pequenas e esbranquiçadas. Os frutos são
formados pela união de muitos frutos num só, pequenos, cilíndricos,
brancos, róseos ou pretos, doces ou insípidos. A amoreira negra
(Morus nigra L.), menor e mais rústica do que a branca, tem casca rugosa
e escura e folhas ásperas. Os frutos são maiores do que os da
amoreira branca, têm cor vermelha bem escura e sabor agridoce, muito
agradável.
100 g contêm, em média:
Macrocomponentes
|
Glicídios (g) |
12 |
Proteínas (g) |
1 |
Lipídios (g) |
0 |
Fibras alimentares (g) |
2 |
Vitaminas |
Vitamina A1 (mg) |
20 |
Vitamina B1 (mg) |
30 |
Vitamina B2 (mg) |
58 |
Vitamina B3 (mg) |
0 |
Vitamina C (mg) |
22 |
Minerais |
Sódio (mg) |
2 |
Potássio (mg) |
321 |
Cálcio (mg) |
36 |
Fósforo (mg) |
48 |
Ferro (mg) |
1 |
Conteúdo energético (kcal) |
60 |
Como Comprar
Fruta extremamente perecível, deve ser consumida ou usada logo após
ter sido colhida. Por isso, praticamente inexiste o comércio da
amora
natural, prevalecendo produtos processados, como geléias, compotas
ou xaropes.
Como Conservar
As amoras podem ser conservadas em compotas ralas, depois de fervidas durante
três a quatro min., com peso igual de açúcar. Neste caso,
não se adiciona calda, deixando apenas a que se formou durante o cozimento
Como Consumir
Pode ser consumida crua e como base para alimentos preparados
Fonte: www.ceasacampinas.com.br